sábado, 12 de maio de 2012

comer orar amar


título original. EAT PRAY LOVE

realização. ryan murphy.
argumento. ryan murphy. jennifer salt.
protagonistas. julia roberts. javier bardem. richard jenkins.
género.
romance. drama.
duração. 133 min
ano.
2010

sinopse. liz é uma mulher moderna que, após o divórcio, decide fazer uma viagem pelo mundo para se redescobrir. nos lugares exóticos que visita, revive o prazer de comer em itália, sente o poder da oração na índia e descobre o amor em bali. [imdb-do-filme]


avaliação
[ fraco ]

crítica. revi este filme e a minha opinião mantém-se: continua desinspirado como da primeira vez que o vi, aquando da estreia há 2 anos.

adaptado do bestseller de elizabeth gilbert com o mesmo nome (que já li e opinei), comer orar amar é um filme que tenta passar uma imagem de naturalidade e pureza quando é o oposto: artificial e forçado.

a história, baseada na viagem de auto-descoberta de liz gilbert, centra-se em liz (!), uma mulher com um bom emprego, um estilo de vida abastado e um casamento que não a realiza. frustrada de não valorizar o que tem e com um casamento nada satisfatório, tem uma epifania e, após o divorcio, decide fazer uma longa viagem com o objectivo de se reencontrar, na esperança de descobrir o que quer da vida. o dinheiro não é problema, pois claro. vamos lá então viajar, para o filme valer um caracol!
 

o conteúdo do filme é poucochinho, mas as paisagens são fantásticas

a protagonista não cria empatia, pelo que se torna impossível preocuparmo-nos com ela e com o que lhe acontece, apesar de julia roberts ser gira e luminosa e os cenários serem arrebatadores (o único ponto alto do filme).

à medida que passamos por itália, bali e índia e nos maravilhamos com a luz, as cores e a cultura, liz relembra-nos que (ainda) tem um problema existencial e não pára de se queixar (comer pizza e massa engorda, não consegue meditar, o seu casamento foi um falhanço, há meses que não tem sexo) e mesmo eu sendo mulher e, consequentemente, "complicadinha", há alturas que apetece mandar a querida liz para baixo de um carro/carroça/patas de um burro, porque já não há pachorra.


porém, nada disto é novidade para quem já leu o livro, com a diferença de que no livro liz consegue ser ainda mais irritante, tornando uma questão natural e legítima numa queixa chata que é a vida de muitas mulheres por esse mundo fora; muitas delas adorariam largar tudo e viajar pelo mundo, mas nem todas podem e duvido que essa fosse a solução universal.

comer orar amar não é profundo nem filosófico e a mensagem soa a birra. talvez como produção independente resultasse num filme interessante, mas como uma mega produção hollywoodesca é uma chachada.

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. maybe my life hasn't been so chaotic. it's just the world that is and the only real trap is getting attached to any of it. ruin is a gift. ruin is the road to transformation .

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