quarta-feira, 1 de maio de 2013

este é o meu lugar


[ bom ]

título original. this must be the place.

género. drama.

duração. 118 min
ano.
2011
realização e argumento. paolo sorrentino.
protagonistas. sean penn. frances mcdormand. harry dean stanton. judd hirsch.
sinopse. cheyenne tem cinquenta anos, é judeu e uma ex-estrela de rock. apesar de levar uma vida confortável, está deprimido. a morte do pai, com quem não falava há décadas,  força-o a deixar o seu exílio auto-imposto. [imdb-do-filme]

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depois de ter ficado desiludida com a forma desinspirada como sean penn interpretou um mob boss em força anti-crime, a minha fé no seu imenso talento foi restaurada com o alternativo este é o meu lugar, do conceituado realizador paolo sorrentino.

o filme centra-se em cheyenne, cinquentão, ex-rockstar, que nem no conforto do lar (uma grande mansão na irlanda) abdica da maquilhagem pesada e do cabelo pintado de preto asa de corvo. cheyenne cultiva a sua imagem icónica à la robert smith e passeia pela cidade com o seu trolley de estimação, despreocupado e indiferente aos inúmeros comentários e olhares. o seu pilar é
a mulher, jane, uma adepta do new age e bombeira de profissão, que o mantém num plano mais prático da vida.

o que se faz numa piscina vazia? joga-se squash, duh!

a vida repete-se sem sobressaltos até ao dia em que cheyenne recebe a notícia da doença do pai, que se adivinha terminal. afinal, não é o por não o ver nem lhe falar há 30 anos que não o ama. decide viajar para nova iorque até à casa de família e enfrentar os seus fantasmas. e aqui a história "arranca", precipitando o espectador num filme discreto mas eficaz na mensagem, com interpretações absolutamente imaculadas, um humor certeiro e um argumento interessante.

sean penn faz o filme todo sozinho
sean penn brilha como cheyenne, a sua busca pessoal é credível e a construção da personagem é fantástica. as histórias paralelas das personagens menores são interessantes e permitem conhecer melhor o protagonista. a fotografia do filme é de babar.

este é o meu lugar peca, no entanto, por ser demasiado longo (duas horas de filme) e se arrastar em algumas cenas. o final é impactante mas sabe a pouco e ficam algumas questões em aberto. no final, o saldo é positivo mas fica-se com a impressão que o filmen tinha potencial para ser mais e melhor.

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. without realizing it, we go from an age where we say: "my life will be that" to an age where we say: "that's life" .

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