sábado, 30 de novembro de 2013

cela 211

[ muito bom ]

título original. celda 211.

género. drama. thriller.
duração. 113 min
ano.
2009

realização. daniel monzón. 
argumento. jorge guerricaechevarría. daniel monzón.
protagonistas. luis tosar. alberto ammann. antonio resines. carlos bardem. marta etura.
sinopse. juan é um guarda prisional que se apresenta no novo trabalho um dia mais cedo, para conhecer os colegas. durante a visita, irrompe um motim. juan fica para trás; mais tarde, apercebe-se que terá de fingir ser um prisioneiro para sobreviver. [imdb]
 
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cela 211 revelou-se uma agradável surpresa, uma surpresa que se desvaneceu quando pesquisei sobre o filme (depois de o ver) e me deparei com os inúmeros prémios que ganhou por espanha, nomeadamente o goya (os óscares espanhóis) para quase tudo, de melhor filme a realizador a actores a som. yep, o filme é mesmo bom.


com um argumento realista e extremamente envolvente, vemos o mundo pelos olhos do protagonista, juan oliver, um guarda prisional transferido para uma prisão de zamora que decide ir conhecer os colegas e a prisão no dia anterior a começar.

mas a sorte não está com ele e nesse mesmo dia, os presos iniciam um motim. em pânico, os guardas deixam juan para trás e este tem de fingir ser um recluso ou morrer às mãos da turba de assassinos, violadores e terroristas.
 


intercalado com flashbacks que dão uma carga mais humana ao filme (juan vai ser pai em breve, ir à prisão um dia antes era uma forma de causar uma boa impressão), seguimos a forma como juan finge ser um preso e cai nas boas graças do cabecilha do motim, malamadre, e conquista a confiança dos presos, ao mesmo tempo que passa informação aos guardas e à polícia.

cela 211 centra-se nos temas da humanidade, da desconfiança e da corrupção; a prisão é como um microcosmos da realidade exterior, onde as pessoas valem pelo que são e não pelo que aparentam, sem os clichés mais que estafados em filmes do género. há cenas claramente críticas do sistema judicial e prisional espanhol e alguns comentários ao grupo terrorista da eta mas o filme nunca se afasta do tema central.


a escolha de actores foi determinante para o sucesso. nos filmes americanos, presos e guardas são estereotipados ou carinhas larocas com cicatrizes falsas para dar o ar de durões, mas em cela 211 os actores são credíveis, fisicamente e a nível comportamental; as coisas que fazem e dizem, as suas dúvidas e hesitações, tudo soa a real.

uma história convincente, bem filmada, muito bem escrita e com um final de truz, sem máscaras. dá gosto ver filmes assim. olé!

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. a veces la vida te la mete por detrás y ni te das cuenta .
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